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BOTULISMO

Editor: Pedro Hoffmann Galli

Colaboradores: Karen Umemiya

                         Mariana Hammes

                         Marina Zordan Poletto

Botulismo1

Fonte: http://www.biolabor.com.br/upload/informativo/1323352885.jpg

Introdução

O botulismo é uma forma de intoxicação rara, que não é passada de pessoa para pessoa, tem por característica a paralisação grave dos nervos, e pode ocorrer a paralisia dos músculos respiratórios o que levara à óbito o paciente.

O botulismo é causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, anaeróbica, pode ser encontrada no solo e em alimentos agrícolas como em legume, vegetal e até mesmo no mel.

Essa doença pode ser classificada em três formas: botulismo alimentar, botulismo por ferimentos e botulismo intestinal. Apesar de nomes distintos, todas apresentam sintomas que acometem o sistema neurológico e ou gastrintestinal.

Marcada por apresentar grande número de mortes, os caso de botulismo tem prioridades nos atendimentos hospitalares, visto que o diagnóstico precoce aliado ao tratamento correto diminui os riscos de morte e sequelas ao paciente.

Pelo fato de no Brasil ter maior incidência do botulismo alimentar, esse trabalho estará dando atenção a essa forma.

Botulismo Alimentar

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http://www.lamina.com.br/img/artigo/potes-com-comida.jpg

O botulismo alimentar atinge as pessoas que ingeriram alimentos cozidos e ou armazenados de forma inadequada, que estejam contaminados por toxinas pré-formadas pelo Clostridium botulinum, que na presença de condições ideais como anaerobiose, permite que os esporos cresçam e produzam a toxina.

No momento em que o alimento contaminado for ingerido, a toxina entrara no organismo através do sistema digestório iniciando assim a intoxicação.

Os principais alimentos são aqueles preparados de forma artesanal como as conservas caseiras; embutidos como, por exemplo, salsicha, presunto e raramente em produtos industrializados como, por exemplo, enlatados.

Essa forma de manifestação do botulismo tem por característica o surgimento repentino e progressivo.  Sinais e sintomas neurológicos e ou gastrintestinais se fazem presentes, sendo que as manifestações gastrintestinais podem surgir antes ou concomitantemente com as manifestações neurológicas. 

O tempo decorrido entre a exposição do organismo ao patógeno até as primeiras manifestações clínicas varia em média de duas semanas até dez dias. Deve ser levado em consideração que o tempo está intimamente relacionado com a quantidade de toxina no alimento. Quanto mais toxina presente menor o período de tempo até iniciarem as manifestações clínicas.

Manifestações Clínicas:

Como já mencionado as manifestações clinicas se caracterizam por sinais e sintomas neurológicos e ou gastrintestinais.

Dentre as manifestações gastrintestinais as mais frequentes são: diarréia, dor abdominal, náuseas e vômitos. Já as manifestações neurológicas que inicialmente não causam desconfiança para o botulismo alimentar caracterizam-se por sinais e sintomas como dor de cabeça, tontura e vertigem. Os sinais e sintomas neurológicos clássicos do botulismo alimentar são: queda da pálpebra, visão turva, dificuldade para engolir, dificuldade na fala e boca seca.

O quadro neurológico tem por característica uma paralisia flácida motora descendente, que seria uma perda da função motora do músculo que pode ser passageira ou definitiva. Isso permite então realizar um diagnóstico diferencial da síndrome de Guillain-Barré, por exemplo, que tem como característica uma paralisia flácida ascendente, ou seja, que ocorre a perda de reflexos.                 

Botulsimo3

Fonte: Palestra. Holanda, G. 2007 apaud in Mendes, 2008

Conforme a doença se agrava os sinais e sintomas seguem a mesma linha de evolução. A fraqueza muscular pode atingir os membros superiores, principalmente, e também atingir o tronco provocando no paciente falta de ar e insuficiência respiratória.

Vale ressaltar que pacientes portadores do botulismo ficam conscientes e quase que na totalidade dos casos também não ocorre à perda da sensibilidade. A doença pode evoluir poucas semanas e depois se estabilizar, antes do inicio da recuperação.

Diagnóstico:

É essencial que uma boa entrevista com o paciente, um bom exame físico e neurológico sejam feitos no paciente para que o médico consiga um diagnóstico precoce e preciso

A entrevista com o paciente que esteja com suspeita de botulismo deve ser feita com perguntas bastante detalhadas, para ajudar no diagnóstico. É muito importante que o médico saiba analisar quando começaram e como foi a evolução dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente. É relevante perguntar se há presença de vômito, náusea e diarréia.

Tendo em vista que o botulismo alimentar é causado por alimento contaminado por uma neurotoxina, é muito importante que o médico saiba o que o paciente ingeriu de alimento nos últimos dias, assim como a quantidade.

Durante o exame físico deve-se atentar aos sinais e sintomas neurológicos apresentados pelo paciente, visto que estas manifestações são as mais graves para o paciente.

Como o paciente pode apresentar alteração na força muscular, dificuldade em movimentar a língua e apresentar um comprometimento na visão, durante o exame neurológico mais detalhado deve-se analisar essas manifestações, pois causam desconforto no paciente e tornam difícil a realização de atividades do cotidiano.

Tratamento:

Quanto mais cedo for diagnosticado o botulismo mais eficaz será o tratamento e maiores serão as chances de salvar o paciente. O tratamento para ser bem sucedido deve ser feito por um médico, de preferência em um ambiente hospitalar adequado e que tenha disponível uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Ele baseia-se em dois pilares de ações que são: o tratamento de suporte e o tratamento específico. O tratamento de suporte é aquele que proporciona ao paciente um conforto respiratório através da assistência ventilatória, traqueostomia, que nem sempre é necessária; faz uso da lavagem gástrica para a eliminação de esporos presentes no intestino; hidratação do paciente por via venosa e a alimentação através de sonda que se faz necessária até o momento em que o paciente conseguir fazer a deglutição corretamente.

Em contra partida o tratamento específico tem por objetivo eliminar a toxina que se encontra circulante no organismo através do uso de fármacos adequados.

Relação do mel com o Botulismo:

É contra indicado dar mel para bebês menores de um ano de idade, pois podem desenvolver botulismo. Isso se explica, porque os esporos da bactéria causadora do botulismo são comuns no meio ambiente e ela pode contaminar o mel através do ar, do néctar coletado pelas abelhas e até mesmo pelas próprias abelhas.

Tendo em vista que o bebê não tem uma função imunológica totalmente  capaz de proteger seu organismo contra potentes toxinas e nem apresentam uma flora intestinal completa, os esporos vão progredir para a forma de célula vegetativa, que por sua vez começara a produzir as toxinas que provocam a intoxicação. Isso não ocorre em pessoas maiores de um ano de idade e saudáveis, pois estas apresentam uma flora intestinal intacta e apresentam um sistema imunológico potente que conseguem eliminar os esporos do organismo.

Conclusão:

            Pode-se perceber que o botulismo é uma doença grave que pode levar a morte do paciente se não for descoberta a tempo de realizar o tratamento. Existem vários tipos de botulismo sendo que o principal no país é o botulismo alimentar. Ele afeta pessoas que se ingeriram alimentos contaminados por toxinas produzidas pela bactéria causadora da doença.

            Então sempre que existir a suspeita de botulismo não deixe de ir ao hospital mais próximo para que profissionais qualificados possam realizar os procedimentos adequados para a cura da doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CERESER, Natacha; COSTA, Fernanda; JÚNIOR, Oswaldo; et al. Botulismo de Origem Alimentar. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s010384782008000100049&script=sci_arttext>. Acesso em 14 nov 2012.

BRASIL. Portal da Saúde. Botulismo. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1542> Acesso em: 14 nov 2012

______. Portal Sao Francisco. Disponível em: < http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/botulismo/>. Acesso em: 14 nov 2012

______. Medicina net. Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/2084/botulismo.htm> .Acesso em: 14 nov 2012

______. Portal da Saúde. Botulismo. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_botulismo.pdf> Acesso em: 14 de novembro de 2012

______. Corpo Saun. Disponível em: <http://www.corposaun.com/botulismo-nao-de-melbebe/7112/>. Acesso em: 14 de novembro de 2012

LINKS RELACIONADOS

Reportagem – Intoxicação Alimentar: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2012/08/botulismo-deixa-quatro-pessoas-em-estado-grave-em-santa-fe-do-sul-sp.html

Dr. Dráuzio Varella – Botulismo:  http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/botulismo/

Toxina Botulínica: http://www.unirio.br/farmacologia/miniteste%20farmaco/texto%20para%20o%20ED%20-%20TOXINA%20BOTUL%C3%8DNICA.pdf

Uso de Mel em menores de um ano: http://tribunaregiao.com.br/combate/noticias.php?idNot=15110

Botulismo: http://www.slideshare.net/klbn/botulismo-7376217

Botulismo Alimentar: http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2004-17/1/054-058.pdf

Botulismo1

Fonte: http://www.biolabor.com.br/upload/informativo/1323352885.jpg

Botulsimo2

http://www.lamina.com.br/img/artigo/potes-com-comida.jpg

Botulsimo3

Fonte: Palestra. Holanda, G. 2007 apaud in Mendes, 2008

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